domingo, 21 de fevereiro de 2010

Dieta para a memória

Uns dizem que peixe é bom, outros defendem as nozes ou o vinho. Mas, ao invés de comer mais de alguma coisa, a dieta boa para o cérebro parece ser... comer menos, sobretudo reduzindo carboidratos.
Essa é a conclusão de um estudo recém-publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA: idosos que experimentaram reduzir sua ingestão calórica durante três meses exibiram, ao final do período, uma melhora substancial de 20% em sua capacidade de memória verbal. Em comparação, os idosos que mantiveram sua dieta original, ou que adotaram uma dieta enriquecida em gorduras insaturadas, não tiveram nenhuma melhora de memória.
A melhora está associada a uma redução dos níveis de insulina no sangue, o que potencialmente diminui a atividade inflamatória como um todo e assim protegeria o cérebro de danos inflamatórios associados ao envelhecimento. Se o fator importante for de fato o nível de insulina, eis uma boa notícia para quem não gosta da idéia de simplesmente comer menos: reduzir a ingestão de carboidratos, sobretudo na forma de açúcares simples (leia-se doces), também é uma forma eficaz de reduzir a insulina no sangue.
E, se serve de consolo, ou de estímulo adicional para fechar a boca: reduzir a ingestão calórica é a única receita comprovada para aumentar a longevidade. Coma menos e viva mais! (SHH, fev 2009)
Fonte:
Witte AV, Fobker M, Gellner R, Knecth S, Flöel A (2009) Calor restriction improves memory in elderly humans. Proc Natl Acad Sci USA 106, 1255-1260.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

De Olho nas Metas

Era uma vez um cocheiro que dirigia uma carroça cheia de abóboras. A cada solavanco da carroça, ele olhava para trás e via que as abóboras estavam todas desarrumadas. Então ele parava, descia e colocava-as novamente no lugar. Mal reiniciava sua viagem, lá vinha outro solavanco e... tudo se desarrumava de novo.
Então ele começou a ficar desanimado e pensou: "jamais vou conseguir terminar minha viagem! É impossível dirigir nesta estrada de terra, conservando as abóboras arrumadas!". Quando estava assim pensando, passou à sua frente outra carroça cheia de abóboras e ele observou que o cocheiro seguia em frente e nem olhava para trás: as abóboras que estavam desarrumadas organizavam-se sozinhas no próximo solavanco.
Foi quando ele compreendeu que, se colocasse a carroça em movimento na direção do local onde queria chegar, os próprios solavancos da carroça fariam com que as abóboras se acomodassem em seus devidos lugares.
Assim também é a nossa vida: quando paramos demais para olhar os problemas, perdemos tempo e nos distanciamos das nossas metas.

Afiando o machado

Afiando o Machado: aprendizado e pausa, ou pausa e aprendizado?

No Alasca, um esporte tradicional é cortar árvores. Há lenhadores famosos, com domínio, habilidade e energia no uso do machado. Querendo tornar-se também um grande lenhador, um jovem escutou falar do melhor de todos os lenhadores do país. Resolveu procurá-lo.
- Quero ser seu discípulo. Quero aprender a cortar árvore como o senhor.
O jovem empenhou-se no aprendizado das lições do mestre, e depois de algum tempo achou-se melhor que ele. Mais forte, mais ágil, mais jovem, venceria facilmente o velho lenhador. Desafiou o mestre para uma competição de oito horas, para ver qual dos dois cortaria mais árvores.
O desafio foi aceito, e o jovem lenhador começou a cortar árvores com entusiasmo e vigor. Entre uma árvore e outra, olhava para o mestre, mas na maior parte das vezes o via sentado. O jovem voltava às suas árvores, certo da vitória, sentindo piedade pelo velho mestre.
Quando terminou o dia, para grande surpresa do jovem, o velho mestre havia cortado muito mais árvores do que o seu desafiante.
- Mas como é que pode? – surpreendeu-se. Quase todas as vezes em que olhei, você estava descansando!
- Não, meu filho, eu não estava descansando. Estava afiando o machado. Foi por isso que você perdeu.
Aprendizado é um processo que não tem fim. Sempre temos algo a aprender. O tempo utilizado para afiar o machado é recompensado valiosamente. O reforço no aprendizado, que dura a vida toda, é como afiar sempre o machado. Continue afiando o seu.

NEUROCOACHING & VIDA: Quando vamos parar?

NEUROCOACHING & VIDA: Quando vamos parar?

Quando vamos parar?

Quando vamos parar? Será necessário um fator externo? Será necessário ficarmos doentes? Será necessário algo nos sinalizar a necessidade de parar?
O que nos impede de sentir, ouvir nosso próprio ser nos solicitando uma pausa? Uma pausa no dia, uma pausa na semana, uma pausa no mês? Apenas uma pausa.
O som que muitas vezes admiramos é feito de sua completa ausência: da pausa.
O brilhantismo que nos impomos, a produção, a eficiência, se dará através do reconhecimento da necessidade da pausa.
Pausa para nos sentirmos, para nos ouvirmos, para nos darmos atenção. Atenção real, atenção ao que realmente importa para nós.
E após a pausa, vem a atividade fácil, brilhante, revigorada.
E após um tempo de atividade, exeiste novamente a necessidade da pausa.
Será que estamos tão desconectados conosco que passamos a ser incapazes de perceber que tempo é esse? Que intervalo é esse? Como posso verdadeiramente saber e me permitir a pausa quem me trará exatamente a atividade que desejo? Que me trará completa satisfação?
É, já dizia o sábio lenhador: é preciso para para amolar o machado!
Boa semana a todos e que parem para avaliar qual é sua necessidade de pausa.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Bem Vindas todas as MudAnÇas!

Por Airton Luiz Mendonça
(Artigo do jornal O Estado de São Paulo)
O cérebro humano mede o tempo por meio
da observação dos movimentos.
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem
portas ou janelas, sem relógio... você
começará a perder a noção do tempo.

Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os
batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento
dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o
nascer e o pôr do sol.

Compreendido este ponto, há outra coisa
que você tem que considerar:

Nosso cérebro é extremamente otimizado.

Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.

Qualquer um de nós ficaria louco se o
cérebro tivesse que processar
conscientemente tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos
é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que
está acontecendo.


É quando você se sente mais vivo.

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando
suas reações no modo automático e
'apagando' as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e
porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.

Quando começamos a dirigir automóveis,
tudo parece muito complicado, nossa
atenção parece ser requisitada ao máximo.

Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está
escrito nas placas (você não lê com os
olhos, mas com a imagem anterior, na
mente); O cérebro já sabe qual marcha
trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar

de repetir realmente a experiência).

Ou seja, você não vivenciou aquela
experiência, pelo menos para a mente.
Aqueles críticos segundos de troca de
marcha, leitura de placa são apagados
de sua noção de passagem do tempo.

Quando você começa a repetir algo
exatamente igual, a mente apaga a
experiência repetida.

Conforme envelhecemos as coisas
começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas
de televisão, reclamações, -... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem
a mente parar e pensar de verdade,
fazendo com que seu dia pareça ter sido
longo
e cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica
difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas
pessoas, na década.

Em outras palavras, o que faz o tempo
parecer que acelera é a...

ROTINA


A rotina é essencial para a vida e otimiza
muita coisa, mas a maioria das pessoas
ama tanto a rotina que, ao longo da vida,
seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a
aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.

Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias
sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no
seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.

Faça festas de noivado, casamento,
15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.

Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

Vá a mercados diferentes, leia livros
diferentes, busque experiências diferentes.

Seja diferente.

Se você tiver dinheiro, especialmente se
já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos.....
em outras palavras...... V-I-V-A. !!!

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais
v-i-v-o... do que a maioria dos livros da
vida que existem por aí.

Cerque-se de amigos.

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes
e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado,
não é?

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.


E S CR EVA em
tAmaNhos diFeRenTes e em CorES
di f E rEn tEs !
CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE...vivaaaaaaaaaaa !!!!!!!!

E tenha uma ótima semana!!!

E UM ANO REPLETO DE MUDANÇAS BOAS!!!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PSICOLOGIA POSITIVA

O amor faz a pessoa melhor. Essa frase me conquistou no livro de Martin E. P. Seligman PhD, Felicidade Autêntica. Com muita propriedade, humor e embasamento científico, ele traz à luz, temas que nos dão esperança de construirmos um mundo cada vez mais harmônico, iluminado e cheio de vida. Ele caminha entre nossas experiências emocionais mais desvalorizadas até agora pela psicologia tradicional e nos devolve o direito à felicidade, ao prazer responsável e às relações saudáveis e construtivas. Aprender a ser feliz, cultivar a felicidade, desenvolver uma plasticidade cerebral capaz de transformar tendências destrutivas e sombrias em passado remoto e olhar o futuro com esperança e brilho são algumas das contribuições deste livro incrível, que recomendo por acreditar que vale a pena sonhar, vale a pena investir na felicidade autêntica, pois é um investimento seguro e muito rentável no curto, médio e longo prazos.
Trocar o ensinar por ajudar a aprender é algo que ele faz com maestria.
Ele nos mostra caminhos para treinar emoções positivas e construir uma personalidade igualmente positiva e colher os frutos disso, a como nos dedicar a ver o belo, o bom e o positivo das pessoas, das relações, dos acontecimentos sem sair da realidade, e que isso é algo que realmente compensa e nos traz benefícios concretos em todas as áreas da vida.
O processo de Coaching realmente tem grandes contribuições para as pessoas que buscam mais da vida, mais das relações e sabem que podem muito mais.
O olhar novo sobre o futuro, com opções verdadeiramente eficazes e produtivas é o que essa abordagem oferece.
Parabéns e obrigada às equipes de pesquisadores de todas as universidades que nos presenteiam com sua dedicação e conhecimento.